A polissemia da significância de venda não se aplica apenas a tudo aquilo que perde valor, mas àquilo que não nos oferece retorno e que nos impede de escolher. A gente passa a vida se vendendo. Vendemos tudo que é importante e até aquilo que chega a ser letárgico, de tão fútil. Vendemos as nossas vontades em prol do consenso. Vendemos as horas de estudo para entrarmos em Universidades conceituadas. Em consequência, depois de graduados, passamos a vender as horas de trabalho em empresas maravilhosas ou horríveis, a fim de conseguirmos notas e mais notas, que nos banquem nos fins de semana, nas viagens feitas, em um consumismo sequencial e sem fundamentação, majoritariamente. Nós vendemos nosso tempo gastando com coisas tão superficiais quanto vossas maquiagens e sapatos lustrados. Vendemos nossa companhia com alguém que, em um ano, não lembrará nosso nome, no mínimo. Vendemos o bom senso quando nos sentimos ameaçados. Vendemos nosso nome a um registro. Vendemos nosso rumo, nossa c...
Uma vez que se conhece tudo, qual o propósito da vida?