O que separa quem detém daqueles que provêm? O que separa o homem que colhe seu sustento do lixo daquele executivo? O que separa o barraco na favela da casa de alto padrão? O que separa a educação do trabalho? O que separa aquele que trabalha com seus perfeitos arremates sequenciais daquele que cumpre suas funções tão bem protegidas em oito horas diárias? O que separa a alta sociedade da baixa? O que separa a intelectualidade da ignorância? E pior, o que separa essa primeira da arrogância, da prepotência? O que separa a criação da imitação? O que separa a virtude da reprodutibilidade? O que separa o dinamismo do comodismo? O que separa o objetivo do subjetivo? O que separa a interpretação da intertextualidade? O que separa o contexto social da psicologia da multidão? O que separa os bons costumes do grotesco? E por fim, o que separa a sorte do azar? O certo do errado? O feio do bonito? Aliás, é real? O que separa essas dicotomias? O que separa a humanidade é ...
Uma vez que se conhece tudo, qual o propósito da vida?