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Em uma madrugada de julho

O que separa quem detém daqueles que provêm? O que separa o homem que colhe seu sustento do lixo daquele executivo? O que separa o barraco na favela da casa de alto padrão? O que separa a educação do trabalho?

O que separa aquele que trabalha com seus perfeitos arremates sequenciais daquele que cumpre suas funções tão bem protegidas em oito horas diárias?  O que separa a alta sociedade da baixa? O que separa a intelectualidade da ignorância?  E pior, o que separa essa primeira da arrogância, da prepotência?

O que separa a criação da imitação? O que separa a virtude da reprodutibilidade? O que separa o dinamismo do comodismo?  O que separa o objetivo do subjetivo? O que separa a interpretação da intertextualidade? O que separa o contexto social da psicologia da multidão? O que separa os bons costumes do grotesco?


E por fim, o que separa a sorte do azar? O certo do errado? O feio do bonito? Aliás, é real?

O que separa essas dicotomias?
O que separa a humanidade é o homem?




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