Pular para o conteúdo principal

à noite

Eu nunca tive medo do escuro porque as coisas sempre fizeram mais sentido nele. A noite, por relação, também não me assusta. A noite, por mim, é entendida, sempre, como um momento de reflexão. Ela muito me ensinou e tem muito a me ensinar. A  noite, assim como o escuro, dá significância às coisas. Dá coerência, relevância, importância. As coisas à noite são mais plausíveis, menos abstratas e mais leves, de fato. À noite, diferentemente das manhãs e tardes, é a hora em que baixam-se as inquietudes e reinam-se as inseguranças. Há de convir, os momentos em que mais nos questionamos sobre as verdades da vida são os que geralmente nos encontramos sós e os que não nos exigem manifestação por complacência, digo, por conveniência. Ora, à noite. À noite somos origem de uma série de pequenos progressos e regressos, por autoconhecimento, pois só nela, há o entendimento como observador de si. Só a noite proporciona esse olhar que não atua, não é agente, mas assiste e promove mudanças. Não digo que durante o dia também não possamos ter esse tipo de reflexão, porque de fato, podemos. Mas não como os que resultam da noite. A noite é a maior escola, a melhor tutora e de quebra o guia mais boêmico...




continua


00h29
27/07 - 02/08

Comentários